11.10.2005

Acasos que se fazem casos e coisas de gente

Depois de várias "ameaças" à minha reclusão dialéctica, persistentes solicitações para continuar no firmamento da Blogosfera e ponderadas as causas reais que me levaram à cerca de 10 dias a por fim ao BocadosdeGente [um projecto deveras importante no dia a dia estéril da minha insignificância(*)], a questão primordial mantém-se inamovível e ditadora:
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A COMUNICAÇÃO ENQUANTO OBJECTO
DE EXPRESSÃO/CARACTERIZAÇÃO INDIVIDUAL E O CONSEQUENTE UNIVERSO UNO
E IRREPETÍVEL QUE SE NOS IMPÕE ESTABELECER E LEGITIMAR
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A LEITURA é indissociável da ESCRITA (pelo menos o prazer esporádico de testá-la), porém, não basta a caneta e o domínio do alfabeto para o exercício erudito das circunstâncias e relações humanas. A produção literária caberá sempre aos "génios", no entanto, a grande Exposição Humana está na diversidade de cada um de nós, concentrações do Homem histórico e transgeracional.
Para escrevedores como eu, a essência da ESCRITA é a acção pessoal dela e sobre si mesma. A convivência ou cumplicidade com as suas emoções.
A sua experimentação nunca é suscitada por abstracções mas, fundamentalmente, pelos acasos que se fazem casos e coisas de gente.
Quando o processo é profundo e interiorizado, a ESCRITA ganha no tempo a mesma importância que um amor e produz uma espécie de arquitectura pessoal que é amplamente desejada pela cidadania afectiva que constitui e imortaliza.
A ESCRITA, não importa que caia em revelações narcisistas, porque ainda assim consolida e desenvolve a plenitude e maturidade do seu autor enquanto espécie filosófica.
Assim, ainda me fico por cá mais um tempo. Indo e vindo por não sei onde...
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(*)Isto é para ler e esquecer!